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Greves paralisam a Broadway

Negociações entre técnicos e produtores está empacada

Por Nova York
Atualização:

O prefeito de Nova York, Michael R. Bloomberg, ofereceu ontem a representantes do sindicato dos técnicos de cena e da liga dos produtores de teatro americanos a indicação de um mediador que possa dar continuidade às negociações entre as duas partes. Os técnicos pedem aumento de salário de acordo com os níveis da inflação, negado pelos produtores - e, após dois meses de conversa, na quinta-feira o sindicato resolveu abandonar a mesa de negociações e entrar em greve, suspendendo os espetáculos em cartaz na Broadway e atrasando a estréia de produções previstas para novembro, como August: Osage County. Bloomberg reiterou que não há muito mais que ele e a prefeitura possam fazer. Tanto o sindicato quanto a liga são organizações privadas e não estão sujeitas ao poder público. No entanto, ambas as partes recusaram a presença do mediador, prolongando o impasse, que já começa a se refletir nas ruas de Nova York, com manifestações e o público pedindo de volta o dinheiro dos ingressos. Segundo a prefeitura, a paralisação pode gerar um prejuízo de US$ 17 milhões por dia. Do outro lado do país, na Califórnia, mais greves. Em Los Angeles, sede dos principais estúdios de televisão norte-americanos, o Sindicato dos Roteiristas também sugeriu a seus associados que suspendessem os trabalhos, reivindicando reajuste salarial referente às receitas geradas pelas vendas de seriados e filmes em DVD ou pela internet. A paralisação já dura pouco mais de uma semana e, dependendo de sua longevidade, pode inclusive trazer conseqüências para o público brasileiro. É que muitos dos seriados afetados, com a produção suspensa - entre eles Heroes, Lost, Men in Trees, Two and a Half Men, Til Death, Rules of Engagement, Law and Order e 24 Horas, entre eles - ,passam também no Brasil. AP , NEW YORK TIMES

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