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''Folhetim é um gênero que vai sobreviver sempre''

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Por Redação
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Nascido em Santos, em 1944, Antonio Ney Latorraca estreou como ator na Rádio Record aos 6 anos. A primeira vez no palco foi com a peça Pluft, O Fantasminha, de Maria Clara Machado, dirigida por Serafim Gonzales. Em São Paulo, conhece Cacilda Becker que o incentiva a entrar na EAD, o que ocorreria em 1967. Antes participou de Reportagem de Um Tempo Mau, de Plínio Marcos; inicia-se a sua trajetória profissional no teatro, atuando em dezenas de peças, entre elas Bodas de Sangue e Quartett. Com O Mistério de Irma Vap, de Charles Ludlan, dirigida por Marília Pêra, ele ficou 11 anos em cartaz. A estréia no cinema (Audácia, A Fúria dos Trópicos) e na televisão (Super Plá) foi em 1969. Entrou na Globo em 1974, na novela Escalada, de Lauro César Muniz. Após fazer um personagem fora dos padrões na série O Sistema (o vilão Katedref, na Globo), ele volta à TV como um - aparentemente - pacato pai de família em Casos e Acasos, que será exibido nesta quinta. Qual folhetim é capaz de sobreviver ao tempo? É um gênero que vai sobreviver sempre. Já faz parte do cotidiano da teledramaturgia. Quais os piores clichês das novelas? E quais os indispensáveis? O pior clichê: ''Preciso falar uma coisa importante'', no fim do capítulo. O bom clichê: depois do beijo, um tapa na cara. Qual é a novela que merece reprise? Vamp, de 1991, novela do Antonio Calmon com direção de Jorge Fernando, porque foi uma das novelas de maior sucesso da televisão brasileira, atingindo todas as faixas etárias. Qual foi a última novela que o deixou pregado em frente à TV? Nunca fico preso a uma novela. Gosto de assistir a alguns capítulos. Você é mais Janete Clair ou Dias Gomes? Novela das seis, das sete ou das oito? Novela de época ou novela contemporânea? Na verdade, sou mais o conjunto da obra. O que importa são as pessoas e não os núcleos. Tanto a Janete como o Dias foram excelentes dramaturgos. Cite uma novela que você sabe que foi boa, mas que não acompanhou. O Grito, de Jorge Andrade, porque abordava temas de grande seriedade e foi muito bem realizada. Qual é o melhor remake de todos os tempos? Anjo Mau, porque tinha todas as características de um grande folhetim. Cite um excelente ator que ainda não encontrou um papel à sua altura. E um outro, que sempre eleva um papel, seja ele qual for. Sebastião Vasconcellos é um ator genial. Merece muito mais espaço. Quem melhora tudo? Penso em Otávio Augusto e Carlos Vereza. Que novela você gostaria de ter feito? Gabriela, porque foi uma novela muito bem adaptada da obra de Jorge Amado. Faria qualquer papel masculino, porque todos eram ótimos. Qual novela começou mal, mas acabou surpreendendo ao longo dos capítulos? Um Sonho a Mais, pelos desdobramentos que se incorporaram à trama inicial. Qual a primeira novela que se lembra de ter acompanhado? Escalada e Estúpido Cupido. Qual a novela mais revolucionária de todos os tempos? Beto Rockefeller, pela linguagem inovadora para a época. Qual a cena que nunca saiu de sua memória? Sônia Braga em cima do telhado em Gabriela, direção de Walter Avancini. E todas as cenas de Dina Sfat. Com quem gostaria de trabalhar na TV, mas ainda não trabalhou? Gostaria de trabalhar com Luiz Fernando Carvalho. Acho excelente, nunca trabalhei com ele. Se você fosse um personagem de novela, gostaria de ser interpretado por qual ator? Acho que o Nelson Xavier faria muito bem. E se pudesse interpretar um personagem de época, qual figura histórica escolheria? Santos Dumont. Qual é o seu casal de mocinhos preferido? Tarcísio Meira e Glória Menezes. Qual o melhor vilão da história da TV? Beatriz Segal, na personagem Odete Roitman, e Rubens de Falco, como o vilão Leôncio de A Escrava Isaura. Qual atriz faz a mocinha sofredora perfeita e a vilã mais odiável? Glória Pires e Alessandra Negrini. De qual novela você mudaria o final? Não saberia dizer. Nunca pensei nisso porque já faz parte da novela o final feliz. Qual deve ser a maior virtude da novela? Trazer alegria e diversão.

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