Fahrenheit, para lembrar com Moore o fatídico 11 de Setembro

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Completam-se hoje sete anos do ataque às torres gêmeas, em Nova York. O 11 de setembro de 2001 passou à história como uma daquelas datas essenciais da era contemporânea. O mundo nunca mais foi o mesmo, depois. Já havia um novo desenho geopolítico, após a queda do Muro de Berlim e a fratura do comunismo. Já haviam ocorrido ataques do terror, mas nunca, até então, a potência hegemônica havia sido atingida em seu território. Muito se investigou - e debateu - sobre o assunto. Michael Moore, o mais controvertido documentarista da atualidade, deu sua contribuição ao tema em Fahrenheit 11 de Setembro. Mais do que um ataque ao mundo árabe e a Osama Bin Laden, como a face oculta do terror, Moore dirige seu foco para a administração de George W. Bush. O filme é cáustico e demolidor, como você poderá confirmar às 22 horas no Telecine Cult. Bush estava sendo o mais pusilânime presidente norte-americano recente, é a tese de Moore, que levanta a dúvida sobre a legitimidade de sua eleição (no tal episódio da eleição fraudada na Flórida). O ataque em Nova York deu-lhe uma meta e um objetivo, mas suas ligações no mundo árabe - e com a família Bin Laden - engendraram um escandaloso sistema de omissões e favorecimentos. A própria Guerra no Iraque vira um negócio sujo para que os aliados de Bush ganhem muito dinheiro. Fahrenheit 11 de Setembro não conseguiu impedir a (re)eleição do presidente, como Moore gostaria, mas agora, com a economia em crise e a guerra fazendo vítimas a cada dia, o filme de Moore arrisca-se a ganhar fama de profético.

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