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Empresa vai produzir musicais de grande porte

Com Charles Möeller e Cláudio Botelho à frente, Aventura vai montar sucessos nacionais e da Broadway

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Por Ubiratan Brasil
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A sólida experiência com o teatro musical convenceu os diretores Charles Möeller e Cláudio Botelho a darem um passo ousado e necessário: a criação de uma empresa dedicada exclusivamente à montagem de espetáculos de grande porte e alto padrão. Assim, associados a Aniela Jordan, Luiz André Calainho, Mônica Lopes, Beatriz Braga e Tina Sales, eles criaram a Aventura. "Descobrimos, ao longo dos anos, a forma correta de trabalhar com musicais e sentimos a necessidade de crescer", justificou Möeller. "Também contribuiu a percepção de que o musical pode ser um bom negócio", completou Botelho. Responsável pela montagem de espetáculos como Company e A Noviça Rebelde, a dupla pretende estabelecer uma linha de montagem que não se obrigue a seguir rigidamente a concepção original, como acontece com os espetáculos produzidos pela Time4Fun (como Miss Saigon). Assim, com três espetáculos já em cartaz no Rio (7, Beatles num Céu de Diamantes e A Noviça Rebelde), o primeiro passo da Aventura vai ser trazer esses musicais para São Paulo no primeiro semestre de 2009 - A Noviça, por exemplo, estréia em março, no Teatro Alfa. E, entre os novos projetos, o cardápio já está preparado. Em janeiro, estréia Gloriosa!, espetáculo em que Marília Pêra interpreta Florence Foster Jenkings, soprano americana que se tornou famosa por sua completa falta de ritmo, tom e todas habilidades do canto. Em março, é a vez de Avenida Q, grande sucesso da Broadway inspirado nos bonecos do programa Sesame Street (Vila Sésamo). Em julho, chega a primeira versão sul-americana de Despertar da Primavera, musical de rock sobre a iniciação sexual da adolescência, que arrebatou os principais prêmios Tony do ano passado. Finalmente, em outubro estréia Gypsy, musical de 1959 que tem como letrista Stephen Sondheim. Todos os espetáculos estréiam primeiro no Rio e depois vêm a São Paulo. Möeller e Botelho confiam em um retorno favorável, pois já existe um público fiel aos musicais. Também mudou a atitude dos patrocinadores. "Antes, éramos pedintes. Agora, representamos um bom negócio", comenta Möeller.

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