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Em feira, fotografia é opção para colecionadores em meio à crise

Na SP-Arte/Foto 2018, obras com preços mais em conta fazem sucesso e geram boas vendas para galeristas

Por Pedro Rocha
Atualização:

Boa parte dos galeristas da SP-Arte/Foto, que chegou ao fim neste domingo, 26, comemorou com cautela. Mesmo com compradores mais contidos, obras com valores mais acessíveis geraram boas vendas. Galerias menores e com artistas em ascensão levaram vantagem.

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Com obras a partir de 1.500 reais, a Arte Hall negociou cerca de 10 trabalhos, com destaque para Jaques Faing. Na estreante OMA, as fotos bordadas de Nario Barbosa, entre 2.700 e 4.100 reais, fizeram sucesso com 11 compradores. Para a Zipper, que teve uma série de Flavia Junqueira como destaque, as vendas foram até três vezes maiores que na edição anterior. 

++ SP-Arte/Foto 2018 traz olhar para quem está fora do radar

Na percepção da Gávea, o público procurava um teto em torno de 5 mil reais, mas houve vendas maiores. A Babel negociou duas obras de David LaChapelle, grande nome da edição, com custo entre 24 e 100 mil reais. Estreante, a Fortes D’Aloia & Gabriel vendeu dois trabalhos de Mauro Restiffe por 27 mil dólares. Mas o grande nome foi Gabriel Wickbold, artista-galerista, fez 26 vendas, 18 de obras suas.

Obra de David LaChapelle em destaque naSP-Arte/Foto 2018. Foto: J.F. Diório/Estadão

Realizada num shopping, a feira uniu colecionadores experientes e também de primeira viagem. “São nossos públicos. Oferecemos visitas guiadas para visitantes do shopping”, diz a diretora da SP-Arte, Fernanda Feitosa. “Trouxemos sete novas galerias, o que gerou uma diversificação maior.” A feira estima público médio de 18 mil pessoas.

Mesmo para colecionadores de arte mais experientes, o valor mais baixo das fotografias são atrativos, de acordo com Flavio Cohn, da Dan. “Para quem gosta de arte contemporânea, é uma segunda opção de menor valor.”

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