Contrastes e semelhanças nos Brasis de Monique e Durán

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Recebido a pedradas pela crítica na época do lançamento, no ano passado, Ó Pai Ó, de Monique Gardenberg, virou série na Globo que foi ganhando admiradores e no último episódio foi saudada como obra-prima televisiva pela jornalista Maria do Rosário Caetano. O filme volta hoje às 18h30 no Canal Brasil. Pode ser, ou melhor é, um programa atraente, embora o próprio canal brasileiro da TV paga tenha outra forte atração às 22 horas, É Proibido Proibir. Monique mostra Salvador como uma cidade sensual, musical e cheia de contrastes - de raças, cores e comportamentos. Coexistem religiões e carnaval, prostitutas, travestis, malandros e crentes. O episódio da mãe dos dois meninos é o mais forte e o elenco, com Lázaro Ramos, Wagner Moura e Dira Paes - o trio de ouro do cinema brasileiro -, é 10. Apesar da diferença de tom e ambiente, É Proibido Proibir mostra outro Brasil de contrastes e solidariedade. O segundo longa de Jorge Durán tem Caio Blat, Maria Flor e Alexandre Rodrigues como amigos que se desejam, mas justamente a amizade que os une é empecilho para as escolhas amorosas. De fundo, a violência urbana, a exclusão social, a corrupção policial. E os atores são ótimos.

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