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Conheça alguns dos instrumentos antigos

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Por Redação
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FLAUTA DOCE Em uso desde a Idade Média, a flauta doce foi importante entre os sopros até meados do século 18. No Renascimento, era muito tocada nos consorts, conjuntos de instrumentos homogêneos ou não, que reuniam flautas de diversos tamanhos e afinações. No início do Barroco, ainda possuía um corpo cilíndrico. Na última fase do período, ganha um corpo cônico e vive auge como instrumento solista entre 1700 e 1730. Em meados do século 18, entra em desuso. VIOLA DA GAMBA A sua aparência lembra um violoncelo, porém sem o espigão (haste de metal na extremidade) para apoiá-la no chão e, por isso, deve ser segurada entre as pernas (gamba significa perna, em italiano). Foi também muito tocada em consorts durante o Renascimento e parte do Barroco. No século 17, forma com o cravo o chamado baixo contínuo (linha melódica grave que servia de suporte discreto ao instrumento solista, ou, na ópera, à palavra cantada). Foi instrumento solista na França do fim do século 17, com os compositores St. Colombe e Marin Marais. Tem trastes como o violão e possui de 6 a 7 cordas de tripa. Seu arco é mais curto. VIOLINO BARROCO Instrumento vindo da família das violas de braço (da braccio, em italiano), o violino tornou-se um grande instrumento solista no século 17. Diferente do atual, tem cordas de tripa (ou seja, trabalha com menos tensão nas cordas), braço com angulação diferente e espelho mais curto (parte do braço que adentra o instrumento). VIOLONCELO BARROCO Também vindo da família das violas de braço, o violoncelo barroco surge no século 17 e convive com a viola da gamba até o desaparecimento completo dela. As características do violino barroco são semelhantes às do violoncelo barroco. CRAVO O cravo, seguido pelo órgão, foi nos séculos 17 e 18 o equivalente ao piano no século 19, ou seja, o instrumento de teclado por excelência. Bach compôs grande parte de sua obra para cravo, assim como Händel e Scarlatti. Diferentemente do piano, o cravo pinça, tangencia ou belisca as cordas. ESPINETA É um cravo, com um formato menor que o cravo regular. Era usada em ambientes domésticos e apresentações onde não se exigisse grande volume sonoro. OBOÉ BARROCO O oboé barroco descende das antigas bombardas soprano e contralto renascentistas e foi desenvolvido na França na segunda metade do século 17. No início do século 18 já era bastante popular nas orquestras sem, no entanto, ser um de seus instrumentos fixos. Nesses conjuntos, dividia espaço com a flauta doce e o traverso barroco. O oboé barroco, diferente do atual, possuía apenas 3 chaves. ALAÚDE A origem do alaúde é incerta. Descende de um instrumento medieval árabe conhecido pelas Cruzadas. O Renascimento será a época de ouro desse instrumento que passa a ser tão popular quanto o violão. No Barroco, ganha mais cordas e seu braço aumenta na largura. No início do século 18, já em declínio, o alaúde figura em óperas, assim com também receberá a atenção de alguns compositores célebres como Bach e Vivaldi. TEORBA A teorba é o alaúde baixo. Com um braço que chega a ter mais de 1,5 m, ela foi configurada para tocar no chamado baixo contínuo, fornecendo um acompanhamento harmônico com graves explosivos. O instrumento tinha lugar obrigatório nas orquestras do século 17 e na primeira metade do século 18. Preenche a linha do baixo, de maneira rítmica. L.D.

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