Cinema perde o diretor e produtor Claude Berri

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Por Redação
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O cineasta francês Claude Berri diretor de A Vingança de Manon (1986) e produtor de Tess, dirigido por Roman Polanski, morreu ontem, aos 74 anos, após ser internado no domingo, no Hospital Pitie-Salpetriere de Paris, vítima de problema neurológico. Berri, considerado o último magnata da indústria cinematográfica francesa, produziu tanto filmes populares da série Asterix como projetos ambiciosos de Patrice Chéreau (A Rainha Margot), Jean-Jacques Annaud (O Amante) e Costa-Gavras (Amém). Parisiense, ele começou sua carreira como ator em filmes de Jacques Becker e Claude Autant-Lara. Em 1962 estreou como diretor, realizando o curta-metragem Le Poulet, que lhe rendeu um Oscar. Homem culto e refinado, colecionador de obras de arte, foi como diretor de filmes baseados em obras literárias que firmou sua reputação, destacando-se em sua filmografia Jean de Florette (1986) e a adaptação que fez de Germinal (1993), de Emile Zola. Referências autobiográficas também inspiraram filmes dirigidos por Berri, entre eles Mazel Tov (1969) e Sex Shop (1972). O cineasta publicou há cinco anos o livro Autoportrait, em que conta a própria história, evocando dramas familiares, como o suicídio de sua primeira mulher, em 1997, o acidente que deixou seu filho Julien tetraplégico um ano depois e as crises de depressão desencadeadas por eles. Há dois anos, quando rodava Juntos, Nada Mais (Ensemble, C?Est Tout), sofreu um acidente cerebral e o filme foi concluído por seu assistente, o ator François Dupeyron. Em março passado foi inaugurado em Paris um espaço com seu nome, que reúne parte de sua coleção de arte. Claude Berri era casado com a escritora Nathalie Rheims e pai de três filhos. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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