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Por Jotabê Medeiros
Atualização:

A festa Häagen-Dazs Mix Music é superorganizada, os ambientes todos de bom gosto, a distribuição dos espaços é adequada e os serviços são ótimos, dos estacionamentos aos barmen (que faziam ótimas caipirinhas de frutas). Só tem um porém: tem um jeito de festa de alunos abastados do Colégio Santa Cruz. As garotas estavam vestidas como se tivessem acabado de chegar de uma recepção de casamento no Clube Monte Líbano. Nada contra, afinal de contas não se pode julgar um evento pelas aparências, mas o fato é que não parecia que tinha gente ali que tinha ido pela música. Estavam mais interessados no open bar. Muita piriguete e muito bombadinho na captura. A música era o menos importante. Outros festivais, menos endinheirados e despatrocinados, centram fogo na relação com os admiradores de um estilo musical, e o resultado é mais apaixonado e apaixonante. Segundo a organização, foram 9 horas de música e 2,5 mil pessoas na Vila dos Ipês, uma série de galpões reformados numa área de 2 mil m² na Vila Leopoldina, atrás do Ceagesp, que tem servido para abrigar eventos alternativos, como o antigo Campari Rock e agora o Häagen-Dazs, patrocinado pela sorveteria que lhe dá nome. Dado estranho: mesmo sendo um produto altamente sofisticado e diversificado, o patrocinador só estava servindo dois sabores na sua festa, chocolate e manga. Será que já é um sinal da crise financeira internacional?

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