Bem acompanhado, mas autônomo

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Por Lauro Lisboa Garcia
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VOZ DO DONO: Em Meia-Noite, Meio-Dia (2003), que será relançado no segundo semestre, Chico Pinheiro contou com a participação de Lenine, Chico César, Ed Motta, Maria Rita, Luciana Alves. O segundo, Chico Pinheiro (2005), além de Luciana, teve João Bosco e Tatiana Parra nos vocais. Nova (2008) foi um projeto em duo com o guitarrista americano Anthony Wilson, tendo como convidados Dori Caymmi, Cesar Mariano e Ivan Lins. Isso sem falar do fabuloso elenco de instrumentistas que o acompanham. Elogiado por feras ligadas ao jazz (músicos e críticos) como compositor e instrumentista, Pinheiro também agora vai cantar no disco, que terá oito canções inéditas de própria lavra e vai ser gravado nos três países. Pinheiro relutou muito em mostrar sua porção "cantautor", mas se convenceu, tomando seus ídolos Chico Buarque e Tom Jobim como exemplos. "Não posso me considerar um cantor tendo ao lado cantoras como Rosa Passos e Luciana Alves." Mas também não pode depender da agenda delas para acompanhá-lo. "O autor quando canta passa uma outra coisa, existe uma energia, um sentimento dentro daquela canção que ele fez, que talvez ele entenda não melhor ou pior, mas diferente dos outros. Nesse sentido acho legítimo o compositor cantar sua própria obra." É a voz do dono que diz. Por falar nisso, ele vem cantando nos shows uma inédita parceria póstuma com Maysa, autora da letra de Canto Vagabundo. "Sempre tive uma relação lúdica com a música e quero morrer com isso."

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