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Anjelica Huston, de jovem inexpressiva a atriz consumada

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Em 1969, John Huston estava numa fase de transição de sua carreira, entre Os Pecados de Todos Nós e Cidade das Ilusões, quando fez Caminhando com o Amor e a Morte. O filme sobre casal jovem que vive romance proibido na Idade Média foi considerado pelos críticos um corpo estranho na obra do diretor. Foi recebido a pedradas e as críticas foram duras em relação a Anjelica Huston e Assaf Dayan - ela, filha do diretor, ele, filho do general israelense Moshe Dayan, celebrado como herói na Guerra dos Seis Dias -, que faziam o par principal. Sem graça, inexpressiva. Os adjetivos foram os piores possíveis em relação a Anjelica, mais ou menos como quando Francis Ford Coppola dirigiu a filha - Sofia - em O Poderoso Chefão 3. Sofia perseverou e virou diretora importante. Anjelica insistiu na carreira de atriz e, de novo dirigida pelo pai, em 1985, recebeu o Oscar de coadjuvante por A Honra do Poderoso Prizzi, às 14h30 no Cinemax. O filme é uma deliciosa comédia de humor negro que Huston adaptou do livro de Richard Condon. Jack Nicholson faz assassino a soldo da Máfia que se envolve com Kathleen Turner, sem suspeitar que ela... Veja o filme para saber o quê e olhos abertos para Anjelica. A garota medíocre de Caminhando já era aqui uma atriz consumada.

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