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Amigos e fãs fazem fila no velório da artista Tomie Ohtake

Cerimônia teve a apresentação do coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo em homenagem à artista

Por Camila Molina
Atualização:

Atualizado às 18h10

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Entre 8 e 14h desta sexta-feira, 13, a artista Tomie Ohtake foi velada no instituto que leva seu nome, em São Paulo. Admiradores e o público fizeram fila para dar o adeus carinhoso à pintora, escultora e gravadora, que morreu na quinta-feira, 12, aos 101 anos. Depois do velório, pela tarde, foi realizada cerimônia reservada à sua família para cremação do corpo da artista no Horto da Paz..

Por volta de 10h45, o coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) apresentou-se no local, sob regência de Naomi Munakata, em uma bela homenagem à Tomie. Foram executadas cinco peças, entre elas, a Ave Maria de Heitor Villa-Lobos. “São obras que nós do coro gostamos muito e prefiro dizer que foi mais um agradecimento do que uma homenagem a Tomie, uma forma de presenteá-la”, disse Naomi ao Estado. “Como japonesa, tenho admiração por ela ter deixado a terra e se tornado brasileira, é como minha mãe exemplar por sua bravura”, continuou a regente. Após a apresentação, o coro saiu em silêncio.

Entre figuras públicas, compareceram o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Suplicy. “Tomie conquistou a todos e teve papel extraordinário na interação dos japoneses com os brasileiros”, afirmou Suplicy. “Tomie era uma das raríssimas unanimidades no mundo das artes. Deixa um legado artístico e humano”, disse Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc-SP.

Já o ator Odilon Wagner definiu como incomensurável o legado da pintora e escultora. “Nós, artistas comuns, não temos noção de avaliar sua superioridade criativa, mas o que mais me impressiona ainda é a história de vida de Tomie, de resistência e renovação”, destacou. “Admiração é a palavra que tenho para falar sobre Tomie, que uniu como poucos a construção de uma vida e de uma obra”, afirmou o galerista Eduardo Brandão.

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