A Guerra Civil, num western falado do mestre Ford

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Em 1959, após dois filmes que contavam histórias contemporâneas - O Último Hurrah, com Spencer Tracy, e Um Crime por Dia, com Jack Hawkins -, John Ford voltou ao western, como sempre acompanhado de seu ator fetiche, John Wayne, e fez Marcha de Heróis, que passa hoje às 13h15 no Telecine Cult. O filme é um dos raros do grande diretor ambientados durante a Guerra Civil, no século 19. Seria o único se Ford não tivesse feito, três anos mais tarde, o episódio de A Conquista do Oeste. Como muitas vezes em sua carreira, ele se baseou numa história real, mas a adaptou à sua particular visão de mundo, para mostrar como se constrói uma civilização. John Wayne faz o coronel do Exército da União que invade território dos confederados para ações de sabotagem. É acompanhado por um médico pacifista (William Holden). Hospedam-se na casa dessa dama sulista, interpretada pela notável Constance Towers. Em Terra Bruta, em 1961, Ford voltou a filmar o diálogo entre opostos, atribuindo à palavra a mesma força da ação. É um belo filme reflexivo e traz essa atriz nunca suficientemente elogiada. Constance fez depois dois grandes filmes de Samuel Fuller - Paixões Que Alucinam e O Beijo Amargo.

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