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A China das Olimpíadas e das surpresas

O jornalista Felipe Machado autografa hoje o livro Ping Pong, misto de guia turístico e diário concebido no período dos jogos

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Por Redação
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Quando o jornalista Felipe Machado foi à China, em agosto, para cobrir as Olimpíadas, não esperava encontrar uma cultura tão diferente. "Já havia estado no Japão e achava que lá era o lugar mais estranho e exótico que podia existir", ele diz. "Mas a China ganha de longe - o Japão é muito mais normal", continua. A experiência de um mês do editor de multimídia do Estado foi registrada no livro Ping Pong - Chinês Por Um Mês, As Aventuras de Um Jornalista Brasileiro pela China Olímpica, que será lançado na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, às 19 h de hoje. O formato do livro chama logo a atenção - a capa é feita de plástico vermelho, com letras douradas, e tem uma foto do autor. No miolo, aparecem mais fotos coloridas de Felipe Machado e de flagrantes curiosos da cultura chinesa (são 64 páginas com imagens tiradas por Nilton Fukuda, fotógrafo do Estado). "A idéia veio na hora em que bati os olhos no lendário Pequeno Livro Vermelho, do Mao Tsé-tung, espécie de bíblia do comunismo com os pensamentos do líder chinês", diz. "Achei que seria interessante brincar com os pensamentos do Mao, ícone chinês que promoveu a Revolução Cultural, ainda mais no momento em que a China passava por outra revolução, A Revolução Olímpica." Segundo Felipe Machado, a única diferença é que o seu ganhou o apelido de "Pequeno Livro do Bem". Na cobertura multimídia, estava incluído o blog de Felipe Machado, abastecido com informações diárias. Os textos ali publicados, depois de editados, com corte de informações datadas e inclusão de outras, compõem Ping Pong. "Além da velocidade com que a economia chinesa cresce, onde se dá a mistura de arquiteturas tradicionais, prédios quadradões soviéticos e arranha-céus de starchitects, me impressionou muito a diferença cultural encontrada nas pequenas coisas do dia-a-dia, da comida às baladas." Ping Pong é uma mescla de guia e diário, em que convivem lado a lado gastronomia, hotéis, centros comerciais, parques, zoológico, etc. "Achei que seria interessante trazer o serviço de lugares que visitei, porque aí o livro não ficaria apenas como um diário." Algumas normas de comportamento recomendáveis para qualquer turista e dicas sobre situações cotidianas, como pedir uma cerveja em chinês ou bater um papo com o taxista, foram incluídas. Serviço Ping Pong, Chinês por um Mês - As Aventuras de Um Jornalista Brasileiro pela China Olímpica. De Felipe Machado. Editora Arte Paubrasil. 264 pág. R$ 29. Livraria Cultura. Av. Paulista, 2.073, 3170-4033. Hoje, 19 h Frases "Eu fiquei imaginando as garçonetes na cozinha, dando risada e Comentando: ?Ha, ha, ha, estrangeiro cospe fogo como dragão, né?? Bom, para não ter que cuspir tanto fogo assim, aprendi a minha primeira frase em chinês: ?Wo zhi yao bingde pijiu qing? (Eu quero uma cerveja gelada, por favor). Daí para aprender ?eu quero mais uma cerveja gelada? foi fácil, mas agora não lembro mais como era." "Por que o Brasil não investe para formar atiradores olímpicos? (...) as nossas munições poderiam colaborar para o ouro olímpico, já que mesmo quando as nossas balas parecem perdidas, sempre acabam encontrando o alvo. Infelizmente." "Antes de desligar a TV, acabo de ver um casal chinês cantando ópera. Incrível: a voz dele consegue ser ainda mais fininha que a dela."

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