Primeiro, pela volta de Miss Streisand aos musicais. No tela grande, ela viveu um grande momento (Funny Girl), outro nem tanto (Funny Lady) e outro razoável (sua versão para Nasce uma Estrela). Ela também participou do mastodônico mas muito divertido Hello, Dolly, em que divide um maravilhoso número com Louis Armstrong.
O magnetismo de Streisand é incontestável, assim como sua voz. Assim, parece incrível que ainda não tivesse representado Mamma Rose no cinema, um papel que pede vigor e técnica, capacidade para o humor e o drama, enfim, um personagem para marcar a carreira de qualquer atriz.
A imprensa americana, no entanto, teme que o musical, que é de 1959, já tenha sido esquecido pelos espectadores mais velhos ou seja um desconhecido para os jovens. Sweeney Todd é lembrado como um exemplo de espetáculo que não levou tanto tempo para chegar à tela grande, facilitando o apelo para a plateia.
Nesse raciocínio, apontam nomes como o de Lindsay Lohan para figurar no elenco e ajudar na divulgação. Pode ser uma boa solução do ponto de vista mercadológico, mas temo que comprometa o resultado artístico. Esse, aliás, é um problema que tem martelado a cultura: as imposições financeiras têm sido cada vez mais decisivas na produção cultural, prejudicando principalmente o experimentalismo, considerado pouco rentável.
Em todo o caso, voltando a 'Gypsy', tomara que Barbra entre em acordo com a Warner para filmar sua versão do musical. Nem que seja para limpar sua barra de filmes tão insossos que tem protagonizado, como a série "Entrando Numa Fria".