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God Save 'The Crown'

Nova aposta da Netflix promove uma imperdível imersão na vida da família real

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Por Pedro Venceslau
Atualização:

Logo de cara, a série The Crown, que está disponível de fio a pavio desde sábado na Netflix, chama atenção pela opulência. Nunca antes na história do serviço de streaming uma atração custou tão caro.

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Estima-se na mídia especializada que a épica e ainda inacabada história da rainha Elizabeth II tenha recebido um investimento de cerca de 100 milhões de libras (ou cerca de R$ 402 milhões). A superprodução esbanja figurantes, figurinos e cenografia.

Nada está fora do lugar. A reconstituição de época é impecável, bem como o elenco. A segunda impressão é que estamos começando uma relação promissora. The Crown começa em 1947 quando a então princesa tinha 25 anos e um longo passado pela frente.

Como sabemos, a soberana completou recentemente 90 anos. Pelo que se divulgou, serão pelo menos seis temporadas com 10 longos episódios cada.

Ou seja, vamos envelhecer um pouco junto com Elizabeth ano a ano até pelo menos 2021, quando ela terá 96 anos.

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Difícil prever se a saga manterá um nível regular até lá, mas a estreia foi arrebatadora. Há uma longa lista de motivos para assisti-la.

Para quem gosta de biografias, The Crown apresenta um retrato irretocável de Winston Churchill. Aos 85 anos, ele se reelege primeiro - ministro pouco antes da morte de George VI e da coroação de sua filha mais velha.

Apesar da idade avançada, o político conservador mantém velhos hábitos como fumar um charuto atrás do outro e despachar com a secretária tomando whisky submerso em uma banheira de água quente na residência oficial.

O todo poderoso líder britânico da segunda -guerra ainda é perspicaz e arrogante, mas obviamente já não tem mais a mesma energia. Para não passar recibo, ele luta contra as limitações da idade. Winston sabe que os adversários internos querem usá-la para derrubá-lo.

A morte do rei, que era amigo pessoal do primeiro - ministro, deixa Churchill sem chão. Ele não confia na jovem Elizabeth, que vê como imatura para assumir o trono.

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A performance da rainha, aliás, é outro ponto forte. Elizabeth começa tímida, apagada e na sombra do marido militar. Com a morte do pai, é obrigada de uma hora para outra a se reinventar.

A mudança faz com que todos aqueles que conviviam com Lilibeth em pé de igualdade sejam obrigados a se enquadrar nos novos rituais e liturgias do "cargo".

Para o marido, que até então representava o papel de macho alfa, esse cenário é especialmente difícil.

The Crown é, enfim, uma verdadeira imersão no universo da família real.

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