A reportagem desceu a serra ontem para conferir parte da primeira edição do Mirada -- Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos. Seria certo exagero cair no lugar-comum de dizer que a cidade está "respirando teatro"; mas, a julgar pela procura do público, o festival funcionou muito bem. Com ingressos esgotados para a maioria das peças desde o dia 3 (as apresentações começaram na véspera), um dos objetivos principais de um festival como esse -- fazer com que os espetáculos sejam vistos -- foi cumprido à risca.
Nas duas peças a que a reportagem assisstiu ontem, Mi Muñequita, da Cia. Complot, do Uruguai, e Jerusalém, do Teatro O Bando, de Portugal, a costumeira fila de espera do Sesc lotou ambas as salas e ainda ficou gente de fora. Era possível ouvir, aguardando para entrar no teatro, muxoxos de quem fracassou na tentativa de conseguir um ingresso para ver In On It ou O Idiota; uma queixa que, há pouco, poderia ter sido ouvida em meio ao público paulistano.
Não é nada difícil encontrar, aliás, quem esteja vindo de São Paulo para um bate-e-volta. Se o feriado concentrou uma quantidade maior de paulistanos que ficaram hospedados na cidade, ontem, em ambos os espetáculos, havia gente que pegaria o caminho de volta para a capital após os aplausos, com ou sem o translado que sai do Sesc Consolação (inf.: 11 3234-3092). A programação ainda reserva algumas atrações internacionais para estes últimos dias (até domingo), como Fiesta, da chilena Trinidad González, e La Odisea, dos bolivianos do Teatro de Los Andes. Se você está em Santos, vale tentar assistir ao restinho da programação, mesmo sem ingresso -- as filas de espera, em geral, têm conseguido dar conta da demanda.
Na próxima 2ª (13), um relato completo da passagem do blog por esta primeira edição do Mirada.