Oscar Quiroga
22 de novembro de 2012 | 23h13
Às 23h13 de quinta-feira 22-11-12 a Lua que cresce ingressou em Áries e está em conjunção com Urano, quadratura com Marte e Plutão, e sextil com Júpiter até 23h36 de sexta-feira 23-11-12, horário de verão de Brasília. No mesmo período, Marte e Urano em quadratura.
A violência meticulosa e intencionalmente planejada é privilégio de nossa humanidade, fato que a eleva (ou rebaixa?) a uma categoria excepcional dentre todas as possíveis na criação, pois, sendo capaz de aliar inteligência aos impulsos destrutivos se converte numa arma letal que, uma vez fomentada e ciente do prazer sinistro que pode adquirir mediante essa prática se dedica a repetir incessantemente a ação, sendo cada vez mais e mais proficiente em sua atividade.
Isso fazem indivíduos, pequenos grupos e países inteiros que, convencidos de que só através da força militar poderiam proteger-se e se impor ao mundo, não medem esforços para planejar violências cada vez mais sofisticadas para intimidar seus supostos inimigos.
Sim, nossa humanidade comprova mais uma vez que é no seio de sua espécie que se combina a mais elevada virtude com a mais baixa abjeção, e vai tentar você dormir todos os dias com uma ambiguidade dessas na alma!
O período anterior incentivou a elevação, mas este atual, em particular, dá rédeas soltas ao que de mais cruel e violento haja em estado seminal, encontrando a chance de germinar.
No seio das casas, nas ruas, dentro de cada pessoa, raios e trovões, terremotos e ruídos infernais se fazem ouvir em alto e bom som, infundindo temor.
Porém, o temor principal é o de cair na tentação de permitir que o mais abjeto em nós tome as rédeas de nossas personalidades, pois quem pairar acima disso e transformar a violência em firme vontade de dominar seus próprios impulsos, medo algum sentirá, mas compaixão por essa humanidade que, francamente, não sabe o que faz.
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