Quando Jesus chamou os discípulos e levou-os a um lugar reservado para lhes mostrar sua transfiguração, eles se jogaram de cara ao chão e tremeram feitos vara verde.
A manifestação da glória espiritual não é temível, mas tão intensa e vibrante que faz a realidade objetiva tremer de cabo a rabo.
As Luas Cheias são os períodos em que circula maior Vida, pois há 24h ininterruptas de luz e, principalmente, porque é o momento em que se reúnem em locais secretos dos Himalaias os Seres que se responsabilizam pelo bem-estar de nossa humanidade e de os outros reinos da natureza também, sempre os conduzindo à elevação, nunca nada impondo, mas sugerindo aos montes.
Quando a Lua Cheia acontece na última semana de Dezembro a reunião congrega Seres ainda maiores e mais sofisticados, que os próprios deuses veneram e rendem tributo. Suas presenças se fazem sentir mediante tremores muito fortes do planeta, pois acomodam a realidade objetiva para fazê-la transparecer a glória que está normalmente oculta.
Nada há a temer! Purificando o coração e exercitando a caridade, não a de dar esmola, mas a de conviver harmoniosamente com os semelhantes e com toda a natureza, a presença de maior elevação espiritual não precisa extinguir nenhum obstáculo, encontra via livre de manifestação e isso se torna motivo de celebração.
Normalmente, nossa humanidade insiste em manter a normalidade, valha a redundância, não havendo nessa muito espaço para a veneração do divino, que nada mais é do que a receptividade da alma para que vida mais abundante se manifeste através dela.
O que chamamos de "normalidade" é o ato de olhar para outro lado, importando-se mais com os assuntos particulares do que em se integrar com o Universo em que existimos e nos movimentamos. Assim deixamos de prestar o serviço para o qual somos destinados e quando as Presenças se manifestam nos pegam de calças curtas e nossas realidades tremem intensamente, não para assustar, mas como resultado direto de nossa recusa de participar da circulação de Vida no colossal oceano cósmico.