Estamos oficialmente ingressando no período de Tensão pré Lua Cheia e uma boa parcela de nossa humanidade está também oficialmente em estado de vigília obnubilada, já que grande parte de sua consciência está sequestrada por um pesado e difícil processo de digestão das comidas, bebidas e encontros desencontrados com a família.
Sempre que a Lua Cheia acontece na última semana do ano a intensidade da Vida que circula é ainda maior que a normal, que já seria bastante intensa em toda Lua Cheia.
Resta ver como nossa humanidade vai se sair dessa combinação de fatores. Será que vai conseguir manter a elegância, como uma mulher se equilibrando em saltos altos num terreno acidentado? Ou perderá completamente a pose?
É sempre uma surpresa, pois apesar de haver tendências consagradas pela vibração da maioria, que não anda muito elevada, ainda assim a proximidade de uma intensidade incomum de Vida é capaz de despertar o coração e, ardendo de espírito, demonstrar o melhor que nossa humanidade poderia sempre ser.
Não é garantido que isso aconteça, talvez seja mais um desejo meu que outra coisa, porém, aqui e lá se verão sinais de elevação por meio daqueles que não esperam o desastre acontecer para demonstrarem caridade.
Aliás, se nossa humanidade sustentasse lá em cima a vibração da caridade, não por dar esmolas, mas por conviver bem com seus semelhantes, uma boa parcela dos desastres deixaria de acontecer.
Enquanto isso, para evocar a caridade, o amor cósmico, nada melhor do que um desastre de proporções catastróficas, mediante o qual, surpreendentemente para os que anunciam que diante do desastre cada ser humano pensaria apenas nele mesmo, as pessoas costumam abrir seus corações e demonstrarem com plena intensidade a caridade que surge gloriosa dele.