O registro

 

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Por Oscar Quiroga
Atualização:

Às 21h02 de domingo 1 de setembro de 2013 a Lua que míngua ingressou em Leão e está em conjunção com Marte, quadratura com Saturno, trígono com Urano e sextil com Vênus até 14h53 de terça-feira 3-9-13, horário de Brasília.

 Foto: Estadão

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Sabe por que a mente registra com fidelidade os momentos ruins enquanto se esquece facilmente dos bons?

Em primeiro lugar porque os momentos ruins são numericamente inferiores, e tudo que de bom acontece se processa entre um momento ruim e outro, são longos períodos de vida de coisas boas que não são registradas porque de tanto repetir-se se tornam óbvias e banais; os entardeceres, os sorrisos inadvertidos, mas sinceros, os sons da natureza, a alegria.

Porém, o que determina a falta de registro dos inúmeros momentos bons da vida não é a intensidade dos poucos ruins, mas a falta de agradecimento por tudo que de bom a vida oferece.

Nossa ingratidão produz o esquecimento, porque se agradecêssemos com toda a força de nosso coração cada beleza, cada sutileza, cada respiração, marcaríamos definitivamente esse momento bom e nunca o esqueceríamos.

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O agradecimento é o ritual necessário para que as bondades da vida, que são numérica e essencialmente maiores do que as aparentes maldades, fiquem marcadas para todo o sempre.

E se ainda por cima, pela constante ritualização do agradecimento, que ancora as graças na alma e na mente, passássemos a agradecer também pelos momentos ruins, então estaríamos a um passo de ser liberados pela própria proximidade ao Ser Divino, que tudo compreende.

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