O mal não é relativo, mas absoluto, é o fluxo de energia aprisionado em atitudes que dividem, corrompem, usurpam e prorrogam o justo exemplo que serviria para que o mundo contemplasse seus ideais sendo valorizados e respeitados.
Que esse fluxo de energia tome diversas características não é nada além do que a maravilhosa diversidade humana, mas isso nada tem de relativo, pois seu efeito se mede além da existência particular, se mede pelo seu efeito vindouro.
Agora, particularmente, é um momento em que o mal absoluto tem uma brecha enorme para se manifestar e muito provavelmente o fará, em alguns casos de forma gritante, em outros mais discreto, mas sempre com a mesma ideação em seu ventre, corromper e usurpar.
Aquelas almas que são tomadas por esse fluxo de energia se convencem de ser essa sua única chance de sobrevivência e experimentam uma euforia parecida a das anfetaminas, que promove celebrações efusivas. Quando termina o efeito, lá vem a descida ao inferno da depressão, ao labirinto do medo, ao isolamento, à constatação de que é impossível executar o mal sem se ferir, pois é um instrumento cortante sem empunhadura, é absoluto e corta tudo, a mão que tenta ferir e o mundo ao qual lhe desfere o golpe.
Como é Lua VAZIA, tende a ser mais inócuo do que em outros tempos, mas enquanto dura, parece invencível como os quatro cavaleiros do apocalipse.