Enquanto nossa espécie humana dedica uma boa parcela do tempo existencial à preguiça e promove amplamente a desorientação e obscurecimento da consciência, há outras espécies, invisíveis, que continuam trabalhando o tempo inteiro para proteger as coisas funcionando da melhor forma possível.
Toda Lua Cheia acontece uma reunião, que também é um ritual, mediante o qual os planos são reformulados e as inquietações resolvidas. Tais reuniões, pela própria natureza dos Seres que participam dessas, é forte irradiadora e retransmissora de potências cosmogônicas, as quais precisam circular através de todas as espécies.
É aí que entra nossa humanidade, que pode atrapalhar e constranger essa circulação tanto quanto promover sua dinâmica ao ponto de alcançar profundidade e eficiência maiores que as originais.
Porém, raramente isso acontece, em geral nossa humanidade parece perpetuamente interessada em fazer outras coisas que considera mais importantes.
Aqui pergunto: o que seria tão mais interessante ou importante do que participar ativamente da Vida? Certamente nada!
Por que nossa humanidade está mais interessada em aspectos de valor menor e deixa de lado o que verdadeiramente libertaria sua alma e, também, transformaria sua presença no ALGO MAIOR que suspeita haver, mas que raramente se atreve a SINCRONIZAR, sempre bocejando como Macunaíma e declarando: "Ai, que preguiça!"
Os tesouros disponíveis para quem, combatendo a preguiça, se dedica a participar ativamente dessa circulação de Vida, são de um valor inimaginável. Que tolice faria nossa humanidade trocar esses tesouros por moedinhas? A tolice de negar a si mesma a conquista através do esforço, pois participar dos tesouros cósmicos é obra que se conquista por mérito, não por acaso.