Céu e Inferno se entretecem nas atividades humanas, porque nós somos os seres cósmicos que estamos situados a meio caminho entre ambos os opostos.
Nenhum ser humano é tão puro quanto eventualmente apregoa nem tampouco o mais abjeto dos humanos é absolutamente maligno, sempre há uma ponta, ao menos, do oposto do que queremos ser e do que resulta de nossos esforços. Isso é assim e é melhor aceitá-lo, pois dessa aceitação resultaria maior tolerância com nossos semelhantes, aos quais em geral apontamos nossos dedos acusadores.
Céu e Inferno fazem parte de nosso cotidiano e nós somos os seres cósmicos capacitados a entretecer os opostos para que resulte algo novo e criativo no Universo.
Nem tanto para lá e nem muito para cá, o dourado caminho do meio, enfatizado pelo Budismo, é o que nossa humanidade deve buscar.
Aceite a dose de Inferno que você produz sem tentar se convencer de que você é uma pessoa absolutamente distanciada do Mal, porém, aceite também sua Santidade, percebendo que há algo sublime pronto para se manifestar através de sua presença. O que se encontra no meio desses opostos é Humano.
Céu e Inferno são nossas obras; em nosso planeta, em nossa civilização se revelam os píncaros da glória através da arte, da música, da ciência e do produto do intelecto, mas também se revelam as abjeções que nós mesmos produzimos, miséria, doenças psíquicas, separatismo, sedição, luta de classes.
Contemple durante este período a parte que lhe toca nesta Sinfonia Cósmica de longa duração e faça o possível para entender que seu lugar é aquele do equilíbrio, o qual só pode começar a ser ocupado através da tolerância e do perdão.
Tolerância para com seus semelhantes e perdão para com sua própria alma, pois só quem é capaz de perdoar a si encontra a capacidade de tratar seus semelhantes com tolerância.
Próximo boletim será publicado às 21h02 de 28/11/11