Você quer que gostem de você, mas acontece que essa é uma demanda que todo ser humano faz, o que resulta numa realidade em que cada ser humano está completamente predisposto e atua sistematicamente para que as outras pessoas gostem dele.
Aí a fórmula fica complicada, pois se todos se predispõem a buscar o apreço alheio, quem vai sobrar para gostar de outrem?
Analisando objetivamente, que mal haveria em agir para que gostem de nós? Nada! Isso é normal, é até uma questão de autoestima, tão valorizada em nossa moderna civilização.
Ter boa autoestima fará com que o mundo estime a gente também, não é mesmo? Sim! Em coro respondem todos!
Mas, como faz para a conta fechar? Se todas as pessoas estão preocupadas em ser estimadas, quem é que vai sobrar para estimar todas elas? Inclusive porque sermos estimados por apenas uma pessoa no mundo não será suficiente, nossa autoestima é voraz, quer sempre mais, quer seduzir, quer ser reconhecida como brilhante.
Um dia, porém, temos de colocar limites nessa voracidade da autoestima para começar a verdadeiramente estimar nossos semelhantes como se fossemos nós mesmos. Lembra? Esse é o mandamento supremo que está na base de todas as religiões.
O mandamento não é ama a ti em primeiro lugar e depois a todos os outros. Não! O mandamento é ama aos outros como amarias a ti.
Por enquanto o mundo estacionou na autoestima e nada de amar os semelhantes.
Próximo boletim será publicado às 23h54 de 24/6/12