Desejar estar em outro lugar é o mínimo quando a alma é tomada de uma saudade de um lugar que não conhece!
De repente, você olha ao seu redor, as mesmas pessoas de sempre, mas o sentimento de familiaridade se foi, é como despertar no meio de pessoas que certamente são conhecidas e familiares, mas não sentir em relação a elas a mesma identidade de outrora.
De repente você olha ao seu redor, são os mesmos objetos, as mesmas paredes, as mesmas roupas, mas a alma não sente tanta ligação com tudo isso como outrora.
Não! A alma navega em dimensões sutis e inconfessáveis, porque não compreende muito bem o que lhe acontece, só consegue dizer que se encontra numa espécie de exílio, longe de onde deveria estar, mas quando tenta ver onde deveria estar, aí entende que sente saudade de um lugar que não conhece.
Essa condição pode ser incômoda, mas produz uma vantagem, é propiciadora do entendimento de que a vida não está limitada pelas circunstâncias externas e que pode se desapegar dessas a qualquer momento, como faria no momento da morte, só que em plena vida. A vantagem disso é a possibilidade de aproveitar essa íntima experiência e dar uma virada radical no jogo em curso, pois, já que não há tanto apego como antes, não há tampouco o mesmo medo de perder de vista o que é familiar.
Sem medo, as decisões tendem a ser muito mais fortes e causar impacto mais profundo do que aquelas tomadas em cima do muro.
Próximo boletim será publicado às 3h35 de 9/6/12