Fomos treinados para imaginar que espírito e matéria deveriam andar eternamente em margens opostas, como adversários cósmicos.
Pois bem, sem superar esse equívoco que enraíza nossa consciência num estado de ignorância nunca poderemos prosseguir com a necessária evolução.
Espírito e Matéria estão em eterna união, a causa e resultado dessa união é estabelecida pelos quatro modos de operação dessa: conhecimento, desejo, ação e a síntese estrutural das três anteriores, que constitui um novo modo de operação.
Enquanto não conseguirmos alinhar e unificar esses quatro modos de operação mediante o esforço da vontade continuaremos repetindo tudo, patinando sem sair do lugar, pois a única forma de libertar-se da repetição é a obra perfeita.
A perfeição não é meramente estética ou formal, é a obtenção de um fluxo colossal de vitalidade cósmica quando o conhecimento, desejo, ação e síntese se alinham.
Independente de suas tarefas serem importantes ou aparentemente banais, em primeiro lugar você deve conhecer o que vai fazer, deve também desejar o que vai fazer, e finalmente fazer o que vai fazer, o que pareceria óbvio, mas na prática não é tanto assim.
Normalmente, enquanto fazemos algo desejamos outra coisa e ainda por cima pensamos numa terceira diferente. O desalinhamento nos amarra à constante repetição, pois não somos capazes de provocar a precipitação de Vida mediante nossas presenças, nos agregando ao colossal sistema de distribuição de Vida que é o Universo.
Conhecer o que você faz, desejar o que você faz, fazer o que você faz e, também, desapegar-se dos resultados da ação perfeita; esta é a fórmula da libertação da ignorância, que não é produto de carência de estudo, mas de excesso de convencimentos equivocados.
Parece difícil? Só porque sua personalidade ainda se agarra a convencimentos equivocados, assinando com isso o certificado de ignorância que caracteriza nossa humanidade sofredora, que só sofre por pura preguiça, porque dando os passos certos e tomando as atitudes corretas nunca mais sofreria e a morte, que a engole, seria por ela engolida, desaparecendo para sempre.