Que as circunstâncias sejam graves e difíceis de administrar não há de tornar-se necessariamente no argumento que justifique a tomada de atitudes que beiram a crueldade, por desconsiderar o valor de outras pessoas, ou para simplesmente usá-las e depois descartá-las.
Circula silenciosamente a idéia, nos meios empresariais e institucionais, e friso silenciosamente, porque coisas assim não podem ser declaradas, apenas praticadas, dizia que circula silenciosamente a idéia de que em nome de salvaguardar o bom nome de empresas e instituições em muitos casos se deva sacrificar desonrosamente algumas pessoas, evitando ser justas com elas. Nesse conluio silencioso se pensa que isso seja "coisa de gente grande", assumindo o jogo duro que a "normalidade social" propõe.
Ora! Vamos chamar as coisas pelo seu verdadeiro nome, isso não é "coisa de gente grande", isso é coisa de "gente sem princípios", que se apoia na suposta normalidade para se convencer de que faz o certo, quando de fato faz o errado.
E assim, de convencimento equivocado em convencimento equivocado, nossa civilização vai se tornando a cada dia mais e mais ignorante.