E não é que a SINCRONIA entre o movimento estelar e a festividade aqui na Terra aponta na direção do que é tradicional? Promete uma comilança!
Não será tanto quanto o filme "A comilança", que é a história de homens bem-sucedidos que se reúnem num castelo para comer até morrer, mas a metáfora do filme servirá para os convivas da noite de Natal, destinada muito mais ao prazer sensual da comida do que à elevação do espírito em nome do aniversariante.
Comer demais é prejudicial à saúde, todo mundo sabe disso, mas quem se importa com uma mesa dessas posta com tanto requinte e sensualidade?
Sofisticados temperos, bebidas deliciosas, sobremesas substanciosas, quem poderia se abster de tamanha opulência? Só os sábios, só os que conhecem a interminável sequência de concatenações, verificando que tudo é interligado e interdependente, a pequena atitude que se toma hoje não se circunscreve a hoje, é mais um elo da eterna corrente de vida, que tudo registra no corpo físico, nas emoções e na modalidade de pensamentos.
Porém, quem se importa com isso num momento como esse e diante de uma mesa farta? Inclusive porque seria uma falta de respeito aos anfitriões recusar a comida ou a bebida.
Pois é, talvez seja impossível dessa vez, mas seria sábio começar a praticar comedimento todos os dias, essa seria uma atitude realmente sustentável, já que se fala tanto nisso.
Não quero estragar a festa de ninguém, sou a favor de todas as celebrações que produzam alegria e elevação. Enquanto a comida for ingerida, haverá prazer e celebração; no dia seguinte, porém, o ventre trabalhará demais para digerir tudo que nele foi depositado.
Um pouco menos, só um pouco menos já seria um pouco mais de leveza no dia seguinte.
Que tal experimentar?