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Arte, aqui e agora

Homossexualismo no Vaticano: um segredo de cinco décadas

630 páginas, 80 colaboradores, tradução em 8 línguas, sai hoje, quinta-feira, em 21 países Sodoma, o "livro-bomba" do sociólogo e jornalista francês Frédéric Martel que pesquisou 4 anos para chegar à conclusão que na Igreja católica a grande maioria dos seminaristas, padres e dignidades eclesiásticas são homossexuais, um segredo que perdurou até agora.

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Por Sheila Leirner
Atualização:
 

Segundo o autor, "é o maior segredo das últimas cinco décadas, uma verdadeira mentira de Estado." Para ele, além disso, "a cultura do sigilo sobre a homossexualidade majoritária no Vaticano (possivelmente de 70%)é uma chave para a leitura de muitas das decisões ou posições morais da Santa Sé." Eis os principais pontos que Frédéric Martel desenvolve em seu livro, considerado "salutar" por muitos críticos:

1. Os clérigos mais homofóbicos seriam, na verdade, homossexuais.

2. O prelado do Vaticano recorre a migrantes prostitutos.

3. A epidemia de SIDA teria causado grande devastação entre os padres gays.

4. O sigilo em torno da homossexualidade explicaria, em parte, o segredo sobre os abusos sexuais de menores.

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Também hoje, dia 21, o papa Francisco convocou ao Vaticano os presidentes das conferências episcopais do mundo inteiro para trabalhar durante quatro dias na luta e prevenção contra o abuso sexual de menores.

E ontem, dia 20, depois de conseguir salvo-conduto da Justiça (o advogado do padre retratado havia pedido o adiamento do filme para depois do seu processo) foi lançado na França "Graças a Deus" de François Ozon, prêmio especial no Festival de Berlim deste ano. O filme aborda o escândalo de pedofilia que sacudiu a igreja de Lyon entre 1986 e 1991 e está chocando os franceses que, assim como eu, saem muito abalados das salas de cinema.

Até a próxima que agora é hoje, os Ministros voltam a debater criminalização da homofobia e não é só contra o racismo que a luta continua!

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