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Arte, aqui e agora

Como visitar o maior museu do mundo?

Eu vi! Foi no térreo da asa Denon, na galeria Michelangelo do Louvre! Vi este "Apolo Vencedor da Serpente Píton", escultura italiana da primeira metade do século 18, fazendo um selfie!

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Por Sheila Leirner
Atualização:

Como visitar o Louvre?

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Hoje resolvi tirar folga da crítica e brincar de guia turístico. Adoro dar conselhos práticos. Se, além do mais, os conselhos forem para ver arte, adoro em dobro. Quem já visitou o Louvre, um dos maiores museus do mundo, sabe que ele é uma "cidade" e quem o descobrepela primeira vez pode ficar perdido.

Se você estiver planejando uma visita, aqui estão as minhas dicas e segredos para aproveitar o máximo este "templo da arte" com uma coleção de quase meio milhão de obras da arte ocidental, desde a Idade Média até 1848, das civilizações antigas que as precederam e influenciaram (orientais, egípcias, gregas, etruscas e romanas) e as artes dos primeiros cristãos e do Islão.

Segurança

Primeiro, é preciso saber que, depois dos atentados, a segurança foi reforçada e o acesso é mais longo por causa do controle. Também é bom saber que o museu não aceita mais malas e que as bolsas ou sacolas não podem ter mais do que55 cm x 35 cm x 20 cm.

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Atenção aos dias de fechamento

Quantas vezes esquecemos o dia em que um museu fecha e, como se dizia antigamente, "damos com os burros n'água". O Louvre fecha todas as terças-feiras e certos dias feriados: 1° de janeiro, 1° de maio e 25 de dezembro. Antes, é bom se informar.

Escolha um horário esperto

O museu abre das 9h às 18h. Para a sua tranquilidade, aconselho chegar lá pelas 9h30. Você evitará a fila da abertura. Outra boa ideia é ir no final do dia, aproveitando o horário noturno das quartas e sextas(até às 21h45, sendo que o fechamento das salas é às 21h30)

Evite a pirâmide

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Eu sei. Você vai me dizer que, junto com a Mona Lisa e a Vênus de Milo, ela é a obra mais apreciada (e controvertida) do Louvre. Encomendada pelo presidente François Mitterand em 1983 (inaugurada em 1988 e aberta ao público em 1989), esta pirâmide de 21,64 metros de altura, pesando 95 toneladas, foi concebida pelo arquiteto sino-americano Ieoh Ming Pei e precisa ser vista!

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

É verdade, mas deixe a pirâmide para o final. Como entrada deve ser completamente evitada, todos os turistas estarão lá. Escolha o acesso pelo "Carrousel" (espaço cultural, histórico e shopping center ao mesmo tempo) no número 99 da Rue de Rivoli, que também tem a vantagem do acesso direto pelo metrô "Palais Royal - musée du Louvre". Desta forma, não haverá espera sob a chuva ou sob um sol de rachar. Resista à tentação de olhar as vitrinas, pensando que você poderá fazer isso depois, como prêmio, pela proveitosa visita cultural que se dispôs a empreender.

Não se arruíne

A tarifa do museu agora é 15 euros, o que inclui o acesso às coleções permanentes, exposições temporárias e ao Museu Delacroix (6 rue de Furstenberg, 75006). A entrada é gratuita para menores de 18 anos e para jovens de 18 a 25 anos (com a apresentação da carteira de identidade). Há também os primeiros domingos de cada mês, entre outubro e março, que são gratuitos para todos.

Se preferir visitar o museu em mais vezes, há dois passes: o "Louvre jeunes" e o "Amis du Louvre", que oferecem um ano de acesso gratuito, assim como muitas reduções.

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Cuidado com os batedores de carteiras

Não é lenda. O Louvre também esteve infestado por bandos de batedores de carteira. Portanto, fique vigilante, sobretudo nas filas de espera e nas salas mais cheias do museu.

Quando a necessidade não é estética

Meu conselho é evitar os lugares situados sob a Pirâmide, que estão sempre cheios, sobretudo os das mulheres. Os melhores são os que se situam logo antes do controle da asa Richelieu (à direita para as mulheres, à esquerda para os homens) ou aqueles no interior do museu, que são muito mais limpos e tranquilos.

Evite o fechamento de certas salas

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Algumas salas do museu, menos frequentadas, ficam fechadas um dia por semana. Se quiser ver alguma coisa precisa, é melhor se informar sobre o planejamento de abertura.

Seja esperto

Não fique nas zonas mais frequentadas, sobretudo a asa Denon perto da Mona Lisa e Vênus de Milo. Não hesite em pegar as "travessas" desconhecidas. E não tenha medo de se perder. Ao contrário, neste museu é se "perdendo" que se encontra. Mesmo em dias de muita gente, encontra-se salas onde se está praticamente sozinho. E não há nada mais delicioso do que ter o Louvre só para si.

Uma das minhas salas preferidas, e pouco visitadas, é o novo departamento de artes islâmicas, que é a parte "luminosa" (não a obscura) de uma grande civilização.

 

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Quando a necessidade é do estômago e da alma

Depois de ter satisfeitas as necessidades do espírito, você poderá se ocupar das outras. Victor Hugo dizia que "comer é uma necessidade do estômago, beber é uma necessidade da alma." O Louvre possui nada menos do que 15 cafés e restaurantes distribuídos entre o museu, o jardim do Caroussel e o jardim das Tulherias. O meu preferido é o Café Marly, cujo terraço dá para a Pirâmide.

Um pouco de sonho consumista

O meu último conselho é terminar a sua visita, saindo pela Pirâmide que é uma experiência em si. E, por ela, entrar no Caroussel. Entre várias e conhecidas delícias de consumo, chás (Mariage & Frères) e chocolates (Maison du Chocolat) inclusive, há uma imensa livraria e lojinha de lembranças que vale entrar, apenas para olhar.

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Até a próxima que agora é hoje, e aqui está o mapa da mina!

 

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