A mentira abunda na Coreia do Norte, Rússia, Oriente médio, entre a extrema-direita, extrema-esquerda em toda parte, e no meio dos coletes amarelos na França. Sabemos que a mentira foi a principal responsável pela vitória do Brexit, de Trump e outros presidentes. Vire e mexe a imprensa internacional aponta a mentira como razão primordial do êxito de Jair Bolsonaro. Trump continua tuitando inverdades que são desmentidas a cada vez. Já se tornou um esporte.
A mídia mundial perde espaço, tempo e mão de obra em seções dedicadas a desmentir fake news. Às vezes produzem outras fake news, como quando o jornal Le Monde desmentiu as acusações de que em determinado subúrbio francês não existem mais judeus por causa das hostilidades antissemitas. Existem, mas agora em número infinitesimal, e isto o jornal não publicou porque não convém.
A verdade é feia
A indústria da mentira prospera, o tribalismo nas redes e na mídia marrom aumentam e consequentemente a democracia está em falência. Tudo isso porque a mentira é melhor do que a verdade. "A verdade é feia", já falava Nietzsche. Geralmente é desagradável, faz mal, traz dúvidas e não convém. A mentira representa exatamente aquilo que se quer ouvir.
O que poucos suspeitam, entretanto, é o destino negro de quem acredita em mentira, é influenciado por ela ou a pratica: a perda total e definitiva de sua liberdade. E é bem feito para ele! Até a próxima que agora é hoje, e como dizia o escritor e dramaturgo russo Anton Tchekhov (1860-1904), "não existe razão que justifique a mentira"!