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O mundo da televisão e do streaming

Com trama envolvente, 'Onde Nascem os Fortes' mostra ter potencial para fazer história na TV

Por Estadão
Atualização:

Luiz Carlos Merten

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No belo capítulo inaugural da supersérie Onde Nascem os Fortes, de George Moura e José Luiz Villamarim - que, em São Paulo, registrou 26 pontos de audiência -, a câmera começa subjetiva e o ângulo, fechado. Alguém, que vai se saber depois ser Maria (Alice Wegmann), pedala com dificuldade. A bike cai nas pedras, a garota levanta-se e só então a câmera descortina o cenário imenso - o sertão.

Fortes já nasceu com esse desejo do roteirista e do diretor de voltarem ao sertão. Trata-se de um argumento original. Moura bebeu em diversas fontes - Lampião e Maria Bonita, Antônio Conselheiro, o coronel Delmiro Gouveia - e construiu essa história da garota que conhece o amor e a injustiça.

Fábio Assunção em cena da série 'Onde Nascem os Fortes' (foto: Estevam Avellar/ Globo) 

Aos 50 minutos, os conflitos estão expostos e um filme encaminha-se para o desfecho. Numa (super)série, 50 minutos é o tempo de um capítulo e nesse primeiro, após a exposição dos numerosos personagens, é agora que os fragmentos se ordenam para expor uma linha dramática. O irmão de Maria, Marco Pigossi, entra em rota de colisão com o poderoso local - Gouveia/Alexandre Nero. Há uma explosão de violência. O que aconteceu com o garoto?

O capítulo inicial traz um sertão em que coexistem cavalos, motos e pick-ups. Um Brasil nem um pouco cordial, em que existem os que mandam, e os que são mandados. A travesti (Ramirinho/Shakira, Jesuíta Barbosa). O juiz - Ramiro, Fábio Assunção, todo de branco. Não se iluda com o arquétipo. O branco não é necessariamente da paz, nem do bem. Serão agora mais 52 capítulos para desvendar essa nova tragédia do poder à brasileira.

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NOTINHAS

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