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Desculpe a poeira - Sugestões de leituras e outros achados

O paparazzo nosso de cada dia

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Por Ricardo Lombardi
Atualização:
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"Antes de Caras, os franco-atiradores do fotojornalismo limitavam-se a trabalhar em festas, sob contrato. Data daqueles tempos a tradução de paparazzo que veio parar nos dicionários da língua portuguesa. O Houaiss, por exemplo, define a palavra como 'fotógrafo que persegue agressivamente as celebridades, com o fito de bater fotos indiscretas'. Mas os costumes mudaram desde que as vítimas desse infernal assédio passaram a posar na banheira sempre que mudam de casa e Adriane Galisteu casou-se com as câmeras.

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Atrás de Caras vieram a Quem, a Contigo!, a Chique & Famosos, a Flash, a IstoÉ Gente e até a Folha de S. Paulo, que lançou a revista-suplemento Serafina - para a qual o juiz Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, posou com a esposa na cama do casal. Vieram também sites como o Ego, da Globo, com média de 1 milhão de acessos diários, o Babado, do portal IG, e OFuxico, do Terra. Todas essas publicações seguem uma mesma regra para identificar os famosos: a pessoa é celebridade porque é fotografada, e é fotografada porque é celebridade.

Os paparazzi nunca mais foram os mesmos. Com tanto lugar para se exibir, toda celebridade passou a ter direito a seus minutos de pessoa comum, flagrada no ato de fazer o que todo mundo faz.

Só no Rio de Janeiro, há espaço para três agências de paparazzi - a AgNews, a Byte Beach e a Photo Rio News. Elas cobram entre 1 500 e 7 mil reais por mês para abastecer as publicações especializadas. Empregam cerca de vinte fotógrafos. Com idades que variam entre os 20 e os 60 anos, eles dividem em turnos os 365 dias do ano: nunca se sabe a que horas a celebridade em pessoa baixará num hortifruti de Ipanema ou do Leblon. Baixando, ela encontrará a postos um fotógrafo para eternizar aquele instante de banalidade."

Para ilustrar o post, foto em que a atriz Sonja Romanoff perde a paciência.

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