"Vem nadando", brinca o primeiro homem da fila do banheiro do Rock in Rio. Entre ele e a entrada existe uma poça de urina e água. Para cruzá-la é necessária uma aventura parecida com um jogo de amarelinha. O xixi escorre por de baixo da estrutura do banheiro e se alastra pelo piso em volta dos banheiros, que no Rock in Rio são químicos, mas tem porcelana. A urina vaza mesmo assim. E vaza bem. O concreto e a grama sintética, que formam o piso da Cidade do Rock, não absorvem os fluidos.
A organização do festival só daria conta do recado com uma bomba hidráulica. No entanto, a responsabilidade não é toda do Rock in Rio. A culpa é dividida com o que alguns chamam de falta de educação, pressa ou homofobia. "Não vou mijar com aquele bando de homem do outro lado", diz um dos que prefiriam a parede do banheiro ao mictório de 60 metros montado no outro lado. Não havia fila.
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