A neo-psicodelia arrastada do Black Angels não foi tão bem recebida no New Stage, embora o quinteto texano tenha oferecido uma boa apresentação.
Delays e reverbs nas guitarras e linhas de bateria repetitivas, por vezes alusivas ao krautrock, são as características mais marcantes do show.
Menos grooveados do que a Tame Impala, banda australiana com quem parecem compartilhar referências, os Black Angels não tem medo de exagerar nos efeitos barulhentos nos vocais e no feedback rasgado das cordas.
As raras canções mais aceleradas chegam a animar o público. Ao final da performance, volta a chover em Paulínia, e o lamaçal em frente ao palco secundário torna-se cada vez mais intimidador.