Roberto Nascimento - O Estado de S. Paulo
O palco mais agradável da Virada Cultural raramente não é o Largo do Arouche. Há espaço para dançar, um telão e uma programação despretensiosa que tende a culminar com algum ícone romântico, como Sidney Magal e Kaoma, que tocaram hoje.
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Mas antes deles Luiz Caldas, o pai da axé music, também foi um belo exemplo da alegria despojada que predomina entre artista e plateia no Arouche. Hitmaker como poucos, Luiz ganhou um público misturado, de famílias, gays, manos e indies, com hinos carnavalescos como Haja Amor, Fricote e Tieta. Em determinado momento, surgiram coreografias de axé.
Outros exibiam o rebolado para o aplauso de quem passasse, caracterizando um daqueles momentos que só a Virada é capaz de proporcionar em que se percebe a quão compatível é a variadamistura paulistana. Isto tende a ser um exemplo apenas até certa hora (antes da bebida tomar conta do evento, na madrugada) mas não deixa de ser um ponto positivo.
Na Júlio Prestes, depois de Daniela Mercury, Gal encantou novamente com o show de Recanto.