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Animação brasileira 'Lino' estreia em 1,2 mil salas de cinema na Rússia

No Brasil, o longa estreou em setembro e se tornou a maior animação nacional de todos os tempos em renda

Por Pedro Antunes
Atualização:

(Atualizada às 19h40)

Lino, o personagem-título da animação dirigida por Rafael Ribas e dublado por Selton Mello, se considera o "cara mais azarado do mundo". O mesmo não pode ser dito sobre a carreira internacional do filme.

Cena do filme de animação 'Lino', de Rafael Ribas Foto: Fox Film

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Produzido numa casa na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo, Lino, o longa-metragem, estreou na última sexta-feira, 2, no mercado russo e foi exibido para 1,2 mil salas espalhadas pelo país de dimensões continentais. Ao final do primeiro fim de semana, a animação foi vista por 126 mil pessoas.

Os números impressionam pelo tamanho do lançamento em território russo, embora, segundo Ribas, lançamentos no país costumem ter dimensões tal qual essa. "Pelo que eu pesquisei, é normal que as animações saiam com 1 mil cópias", explica. "Mas as outras animações lançadas lá até hoje são norte-americanas, com orçamentos de US$ 40 milhões a US$ 200 milhões. Para a gente, que é pequenininho, é uma honra."

"E como o (personagem) Lino é azarado, no fim de semana de estreia, houve uma nevasca enorme por lá e fez com que muita gente não fosse ao cinema. Ainda assim, se o filme seguir com essa força por mais duas ou três semanas, elevai chegar aos números do mercado brasileiro."

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+ 'A animação no Brasil ainda é obra de poucos', diz diretor de 'Lino'

Lino estreou no Brasil, em 7 de setembro, em 385 salas - e foi visto por 315 mil pessoas. Ainda assim, ao arrecadar mais de R$ 4 milhões em bilheteria, Lino é a maior animação da história do cinema brasileiro.

Cartaz do filme 'Lino' em russo Foto: Estadão

Criado em uma coprodução entre a StartAnima e a Fox Film Brasil, a animação vive uma sobrevida internacional ao ter seus direitos vendidos por uma distribuidora internacional chamada FilmSharks. Além de Rússia, a produção vai estrear na Turquia, Coreia do Sul e no Vietnã. "Estou ansioso para assistir ao trailer para o mercado vietnamita", brinca Ribas.

"O que era importante para a gente", diz o diretor, "era mostrar que éramos capaz de produzir uma animação de qualidade e não necessariamente localizada. A visão comercial é importante para a gente".

Com isso, Ribas e sua equipe já trabalham com a ideia de levar o personagem - um rapaz, animador de festa infantil transformado em gato - a série de TV. "Estamos negociando com algumas emissoras. Isso vai acontecer."

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