Sabia que ruiria, afinal. As tensões cresciam, ganhavam corpo, tinham importância.
Rancores dissolvem amores.
É aí que está a poesia de Thalles, o músico, como o diretor e roteirista do seu próprio clipe, lançado em primeira mão aqui no blog.
No vídeo de Just When We Were High, de pouco mais de 6 minutos de duração, o artista nascido em Porto Alegre narra uma história, do início ao auge. Do auge ao fim.
Ali, no terceiro e último ato do vídeo, o personagem de Thalles vê o fim daquela relação eufórica vivida por ele, Giovanna Grigio e Mateus Almada. Segue em frente, porque às vezes é difícil acreditar que o fim chegaria.
Da euforia à desolação, Thalles faz uma análise sobre a juventude contemporânea - cuja rebeldia desafia os padrões estabelecidos pela geração anterior, também rebelde no seu próprio tempo, criando um ciclo de rebeldias e padrões quebrados.
Just When We Were High, a canção que integra o primeiro disco de Thalles, chamado Utopia, é sobre a juventude de agora, sobre estar loucão, sobre estar sóbrio, sobre amar e sobre perder alguém, sobre encontrar seu lugar no mundo e sobre se sentir excluído.
Ao transportar a faixa para a tela, Thalles usa das suas referências cinematográficas, que vão de Clube da Luta a Réquiem Para um Sonho. Acrescentaria na mistura, ali, um pouco de Trainspotting e Laranja Mecânica.
O vídeo de Just When We Were High é o terceiro de Utopia, esse álbum do músico e ator lançado em 2017. Antes vieram os clipes de Sad Boys Club e You, The Ocean And Me.
Assista ao vídeo de 'Just When We Were High':
Thalles é um prodígio. Aos 24 anos, o rapaz já fez 25 trabalhos como ator, de espetáculos de teatro a à novela da TV Globo, chamada Amor à Vida (no ar entre 2013 e 2014).
Recentemente, ele estreou em Manual para se Defender de Aliens, Ninjas e Zumbis, da Warner, e estrelará o filme Yonlu, em cartaz nos cinemas brasileiros no dia 30 de agosto, dirigido por Henrique Montanari - assista ao trailer no player abaixo: