Os dois sentimentos dão, à rima e ao canto de Dalasam, que se aproxima de maneira gradual na direção do pop, a profundidade da sua própria personalidade. Não Deito Pra Nada é uma canção que joga a luz em uma solidão só sentida por quem está no mesmo caminho de Dalasam - e, veja só, são poucos.
Porque, quando se corre para uma direção, é preciso seguir, manter o ritmo. Difícil é encontrar quem tenha o mesmo ritmo. O percurso é solitário, mesmo. "Na solidão do rio que flui de mim, sangro 'sozin', vivo bem assim", canta ele em trecho da música "Não dá pra brecar quem tá muito afim Meu fervo é dendê, pimenta e cumin".
A Não Deito Pra Nada, do vídeo, é uma nova versão, produzida por Dinho Souza. Já o vídeo, dirigido por Marco Loschiavo e Ricardo Spencer, escancara as batalhas vividas por Dalasam, metafóricas ou não, com bastante uso de uma estética quase quadrinesca, na qual o rapper/cantor é o protagonista.
Ao lançar o novo vídeo, Dalasam também encerra o ciclo do EP Balanga Raba, lançado em julho do ano passado, que originou uma turnê. A partir de abril, o músico estará no teatro Centro da Terra, já tão citado neste blog, para participar do projeto Segundamente.
Nas quatro segundas-feiras do mês, Dalasam será desafiado a exibir quatro diferentes apresentações. Seu projeto se chama Elefantes, Mantras e Trava-Línguas e será executado ao lado de Moisés Guimares e Dinho Souza.
Assista ao clipe de Não Deito Pra Nada: