Pedro Antunes
29 de novembro de 2017 | 08h00
“Eu sou mais da imagem do que da palavra.”
A frase de Nina Becker, em entrevista para matéria publicada pelo Caderno 2, faz ainda mais sentido quando a artista lança um videoclipe.
Acrílico é o disco.
Incolor.
Voo Rasante é o clipe.
Todo filmado em preto e branco, para seguir a estética da capa do disco, das fotos de divulgação e do estado de espírito de Nina Becker com relação ao mundo.
O videoclipe de Voo Rasante, lançado nesta quarta-feira, 29, aqui no blog, foi produzido pela Tocavideos e tem direção de Fernando Neumayer e Luís Martino. A direção de fotografia assinada por Luís Martino.
Ela, que já foi Azul e Vermelho, frio e quente, nos seus primeiros discos solo, lançados em 2010, agora vem com o tudo ou nada.
O preto ou o branco.
Porque o mundo mudou, afinal, desde a estreia dela, a cantora da Orquestra Imperial.
Tornou-se assim.
Mais preto ou branco.
Mais nós ou eles.
É um mundo de “versus”, não aglutinador.
Como artista, Nina Becker é um espelho da sociedade. Reflete, em Acrílico, aquilo que está ao redor. Rebate. Bate.
E chegar em Voo Rasante, uma parceria com Jonas Já, é gritar pela liberdade de Nina Becker.
No meio do caos, do mundo dicotômico, ela canta sobre quem é.
Nina fez e a melodia, Jonas escreveu a letra.
Sobre ela.
Nina é o furacão dos versos que ela mesma canta.
Que é sentimento puro. É imagem.
É confusão
É o oposto desse mundo em preto e branco.
É a realeza dela, mesma. Como diz a própria canção.
Realeza e concreto.
Assista ao clipe de Voo Rasante, de Nina Becker:
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