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Com atriz Mariah Teixeira, de 'Baixio das Bestas', na direção, LuKaSH lança clipe de 'Invocação às Musas'; assista

Lucas Weglinski é daqueles artistas multi-plataforma. Veio do Teatro Oficina, com Zé Celso - uma descoberta por acaso para o então bacharel em direito. A experiência de assistir à montagem de Os Sertões explodiu-lhe a cabeça.

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Por Pedro Antunes
Atualização:

Hoje, Weglinski tem sua própria companhia, a Cia. dos Prazeres. Hoje, Weglinski é LuKaSH, também músico.

É a partir desta persona que nasceu FoGo, sua estreia na música, lançado no ano passado. É um eu-artístico, contudo, que não se contenta. Não fecha os olhos. Ele vê, enxerga e aponta as feridas.

É assim com as canções de FoGo e com seus clipes.

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O mais novo deles, para Invocação às Musas, lançado aqui no Outra Coisa, é sobre uma ferida que sangra.

O mesmo Rio de Janeiro que recebeu os Jogos Olímpicos, no ano passado, também adoece por dentro há tempos.

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LuKaSH vai até uma região do Rio de Janeiro chamada Pedra do Sal e apelidada Pequena África, local no qual desembarcavam pessoas vindas da África transformadas em escravos. A tal herança maldita do passado brasileiro.

Em cena, no vídeo, está Nederlande Pires, moradora da Pedra do Sal, diante do mar.

Invocações às Musas, o vídeo, é repleto de significados. A beleza dele vem da aspereza do real. Está no retrato cru do Rio de Janeiro, da herança cultural negra, na força da mulher.

O videoclipe marca a estreia de Mariah Teixeira, atriz dirigida por Cláudio Assis em Baixio das Bestas, como diretora. Ao lado dela e de Nederlande, uma equipe formada por mulheres: a fotógrafa Erica Rocha, a montadora Mariana Bley e a colorista Tatiana Duarte.

Nederlande assume essas divindades, as figuras mitológicas das musas gregas, com os pés no chão, a caminhar por uma cidade distante dos cartões postais, onde o chão é áspero, o toque dói e a história ainda vive.

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Assista ao clipe de Invocação às Musas:

 

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