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Análise: 'Esquadrão Suicida' tenta ser 'Guardiões da Galáxia' - e falha feio

Por Pedro Antunes
Atualização:
Esquadrão Suicida Foto: Divulgação

Desajustados, vilões e aqueles que você não deveria apostar um centavo que seja. Esses são os responsáveis por salvar a humanidade, o planeta ou até a galáxia. Assim foi com Guardiões da Galáxia, hit do estúdio da Marvel. Assim é com Esquadrão Suicida, a resposta da rival DC.

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A Marvel percebeu rápido que não seria possível pagar os altos salários de seus nomões, como Robert Downey Jr. e Chris Evans, em todos os filmes. Para ser autossustentável, era preciso deixar os figurões e partir para personagens B. Guardiões da Galáxia, dirigido por James Gunn, foi um filme anti-Marvel na estética, amalucado e vintage, deu certíssimo ao reunir heróis improváveis em um longa divertido e leve.

Criticada justamente pela sisudez e pressa de Batman vs Superman: A Origem da Justiça, a DC viu em Esquadrão Suicida a chance de ter a sua própria versão dos Guardiões. Humor, boas referências pop e uma pitada da boa e velha jornada do herói - mesmo que eles pareçam anti-heróis, são tão heroicos quanto qualquer outro personagem.

É clara a mudança de abordagem do estúdio em Esquadrão Suicida - se isso é uma resposta às duras críticas de BvS, é difícil saber. Em Batman Vs Superman, fez-se tudo diferente do estúdio rival. Deu errado. Agora, copiam-se algumas questões literais. Guardiões saboreava hits dos anos 1980. Com esse gostinho afetivo nos ouvidos, era fácil se interessar pela saga espacial. A DC foi longe, gastou mais dinheiro para trazer canções de Queen, Eminem, entre outros.

Apesar do esforço, espalhou as canções sem qualquer alma. Elas não criam uma narrativa própria. E, para piorar, repete-se Spirit in the Sky, de Norman Greenbaum. Esquadrão Suicida é divertido, mas quer ser o Guardiões da Galáxia da DC. Falha justamente por isso. Já assistimos a esse filme antes.

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