Diva não tem idade, bebê!

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Por Patricia Villalba
Atualização:

- coluna Quanto Drama publicada na edição de 27/11/2011

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Flor é minha amiga desde os tempos da pré-escola na Paróquia de Santo Antonio, na Vila Ré, e é por isso que sei que ela nunca foi boa em matemática. Mas o que lhe faltou em aplicação nos cadernos sobrou em esperteza para esconder a idade na vida adulta. Ela tem 38 anos "marcados a laser no RG", como diz baixinho, mas mente por aí que tem 32. "E se tenho 32 e acredito com fé nisso, é fácil alguém, de repente, achar que eu tenho, sei lá... uns 25 ou 20 e poucos anos", calcula ela, que nunca fez plástica ou usou botox, tendo então a mentira "e uns cremes" como única prevenção ao envelhecimento.

Envelhecimento é palavra para um futuro muito distante, Flor tem plena convicção. Porque se os 30 são os novos 20, e os 40 são os novos 30, a preocupação pode ficar lá para os 80 quando, certamente, os 80 serão os novos 60. "E se eu parecer ter 60, poderei mentir que tenho 50! Imagine os avanços da estética até lá, mulher?", diz, parecendo a Goldie Hawn em A Morte Lhe Cai Bem.

Do alto dos seus 32 anos entre aspas, Flor acha muito absurda a questão que tomou conta das rodas de conversa fiada na última semana: Juliana Paes, com 32 anos sem aspas, é velha para ser a nova Gabriela? Prefiro creditar a discussão ao impacto da notícia de que a atriz repetirá um papel que foi de Sônia Braga, a pensar que uma coisa linda feito a Juliana Paes possa ser considerada "passada".

Mas se os noveleiros puristas têm mesmo esse temor, podem relaxar. Primeiro, porque a novela não será exatamente igual à dirigida por Walter Avancini e Gonzaga Blota em 1975. Segundo, porque o pessoal da caracterização há de dar a Juliana o ar pueril da moça de "lábios de pitanga". E terceiro, oras, porque Juliana fará bem o papel, não tenho dúvida. Neste contexto, a idade é secundária - Sônia, aliás, tinha 25 anos quando personificou Gabriela. E, como diz minha amiga Flor, "38? 32? Quem se importará, se o sorriso for de 25?".

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