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Willem Dafoe recebe Urso honorário de Berlim

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Indicado ao Oscar de melhor coadjuvante por "Projeto Flórida", o ator americano Willem Dafoe receberá um prêmio pelo conjunto de sua obra no Berlinale Palast, no dia 20  Foto: Estadão

Rodrigo FonsecaNum gesto de reverência a uma das mais belas carreiras de Hollywood quando o tema é aposta no risco, o Festival de Berlim, cuja edição nº68 começa dia 15, surfou na indicação de Willem Dafoe ao Oscar de melhor ator coadjuvante (por Projeto Flórida) e dedica a ele um Urso de Ouro Honorário pelo conjunto de seus filmes. A láurea será entrega no dia 20, no Berlinale Palast, seguido da projeção de O Caçador (2011). Cults como Platoon (1986) e blockbusters tipo Homem-Aranha (2002) se alternam em seu prolífico currículo, que inclui uma passagem pelo Brasil com O Amigo Hindu (2015). Este ano, seu rosto entra para as fileiras audiovisuais da DC Comics no papel de Vulko em Aquaman de James Wan. E é comum ele integrar os filmes de Wes Anderson, que vai abrir o evento alemão deste ano, em competição com a aventura animada Ilha de Cachorros. Seu rol de adversários inclui o drama americano Don't Worry, He Won't Get Far On Foot, de Gus Van Sant, o musical filipino Season of The Devil, do sempre agradável (e contundente) Lav Diaz; o suspense Eva, vindo da França de Benôit Jacquot;  além de uma produção entre Paraguai e Brasil chamada Las Herederas, de Marcelo Martinessi.

 

"Eva": suspense em concurso com a diva Isabelle Huppert  Foto: Estadão

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No comunicado em que revelou o tributo a Dafoe, nesta terça, o diretor artístico da Berlinale, o sempre arguto Dieter Kosslick, incluiu mais um concorrente à sua disputa anual pelo Urso de Ouro: a produção norueguesa U-July 22, de Erik Pope. Para jugá-los entra em campo um time de jurados comandado pelo cineasta alemão Tom Tykwer, que inclui a atriz belga Cécile De France; o fotógrafo e curador espanhol Chema Prado; a produtora de Moonlight - Sob a Luz do Luar (2016), Adele Romanski; o músico japonês Ryuichi Sakamoto; e a crítica americana Stephanie Zacharek.

"Unicórnio": Brasil compete na seção Generation da Berlinale  Foto: Estadão

Há uma leva de títulos nacionais e de filmes estrangeiros pilotados por brasileiros em outras mostras. 20 anos depois de ganhar o Urso berlinense com Tropa de Elite, o diretor carioca José Padilha exibirá seu aguardado thriller 7 Dias em Entebbe na Berlinale Special. No Panorama, entraram: Aeroporto Central, de Karim Aïnouz; Bixa Travesti, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman; Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi; Tinta Bruta, de Marcio Reolon e Filipe Matzembache; e O Processo, documentário dirigido por Maria Augusta Ramos sobre o Impeachment de Dilma Rousseff. No Fórum, escalaram Eu sou o Rio, de Gabraz Sanna e Anne Santos. Para a mostra Generation, que tem o carioca Felipe Bragança (de Não Devore Meu Coração) como jurado, foi convocado Unicórnio, de Eduardo Nunes, com Patrícia Pillar e o sempre genial Zécarlos Machado tendo cenas animadas por Marão em sua narrativa. Na Berlinale Shorts, competem os curtas Alma Bandida, de Marco Antônio Pereira; Terremoto Santo, da dupla Bárbara Wagner & Benjamin de Burca; e a coprodução com Portugal Russa, de Ricardo Alves Jr. e João Salaviza.

O astro de 62 anos ganha a maior honraria de sua carreira, que ganhou notoriedade com "Platoon", em 1986  Foto: Estadão

Haverá ainda no festival a projeção de produções da TV Globo no mercado internacional de séries, com destaque para Vade Retro, com Tony Ramos. De lá, o seriado dirigido por Mauro Mendonça Filho vai para o Fantasporto, em Portugal.

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