PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'Um Tio Quase Perfeito 2': a bilheteria campeã

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Marcus Majella estrela o longa que vendeu 78 mil ingressos neste ano de mirradas receitas para o cinema, sob o fantasma da pandemia  

Rodrigo Fonseca Nenhum filme lançado de janeiro até hoje, mundo afora, fez mais sucesso do que "Hi, Mom" ("Ni hao, Li Huan Ying"), uma comédia familiar sobre o reatar de laços entre mãe e filha, vinda da China, sob a direção da atriz Jia Ling, que protagoniza a trama e assina o roteiro: sua receita comercial é de US$ 822 milhões. O segundo lugar no ranking dos longas-metragens mais vistos de 2021, "Velozes & Furiosos 9", beira US$ 704 milhões. Jia é uma estrela de shows de stand up e escreveu o roteiro de seu blockbuster inspirado em fatos biográficos, narrando a inesperada viagem no tempo de uma mulher (vivida pela diretora) até 1981, onde ela trava amizade com a versão adolescente de sua mamãe. A fim de comparar os dados de arrecadação do longa de Jia com os faturamentos de outros mercados, o P de Pop recorreu ao Filme B, o portal que analisa a venda de ingressos no país e outras negociações do mercado produtor, distribuidor e exibidor. Pelas contas da Filme B, o maior sucesso brasileiro de 1/1/2021 pra cá foi "Um Tio Quase Perfeito 2", distribuído pela H2O, com público total de 78.015 e renda R$ 1,2 milhão, ocupando a 29ª posição no ranking geral do ano. Trata-se da continuação de um divertido family film de 2017, visto por cerca de 600 mil pagantes em seu lançamento, quando despontou no circuito como sendo uma surpresa comercial (e estética) de delicadeza rara, sob a direção de Pedro Antonio. Garantia de diversão, Marcus Majella uma vez mais comprova ter um carisma GG para atacar de protagonista, numa trama que arranca quilos de risos e algumas lágrimas, em especial quando Eduardo Galvão (morto no dia 7 de dezembro, em decorrência da covid-19) aparece. O enredo resgata a figura do gaiato Tio Tony, um aspirante a Mrs. Doubtfire, a "Babá Quase Perfeita" de Robin Williams, dos anos 1990. Nesta parte II da franquia, Tony ainda reina soberano no coração de seus amados sobrinhos, Patricia (Julia Svacinna), Valentina (Sofia Barros) e João (João Barreto), deixando seu sofrível histórico de trambiqueiro pra trás. Ele vive em perfeita harmonia com seus parentes até a chegada do empresário de alimentos orgânicos Beto (Danton Mello), que rouba o coração de Ângela (Letícia Isnard, ótima), irmã de Tony e mãe das Crianças. Com ciúmes desse intruso metido a vegano, Tony entra numa disputa contra o futuro cunhado, aprontando toda a sorte de golpes para desmascará-lo. Cada vez mais maduro em sua composição de tipos, Danton injeta humanidade na figura de Beto, construindo-o numa linha tênue entre fragilidade e chame.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.