RODRIGO FONSECA Ativismo é o tópico dos debates que prometem transformar o Teatro do Oi Futuro do Flamengo, no Rio de Janeiro, num paiol de pólvora nesta terça, no Ciclo Ato Criador, que, a partir da2 19h, vai dar voz a artistas talhados pela transgressão, como a diretora teatral Bia Lessa, o ator e escritor Gregório Duvivier e a poeta Elisa Lucinda. Esse time vai ganhar um acréscimo do cinema, com a presença de um mestre das artes do Real: Silvio Tendler, único cineasta brasileiro a emplacar um documentário na faixa dos blockbusters. Numa carreira mista de realizador e professor (da Puc-Rio), ele embarcou em uma jornada investigativa pelas veredas documentais que gerou uma produção prestigiada por cerca de um milhão de pagantes (O Mundo Mágico dos Trapalhões) e outros dois sucessos de bilheteria (Jango e Anos JK). Atualmente, ele é o guardião de imagens inéditas de Ferreira Gullar (1930-2016), a partir do projeto Poema Sujo, um filme sobre o legado estético e político do poeta. O longa é fruto das pesquisas históricas - de cunho cinebiográfico - do diretor acerca de figuras que simbolizaram focos de resistência na luta contra os vícios do Poder. A obra de Tendler ainda será foco de homenagens (e reflexões) nesta sexta, quando ele falará sobre sua filmografia na Casa de Rui Barbosa, a partir das 15h, no projeto Cultura Brasileira Hoje.
Na quarta, o Ciclo Ato Criador segue com o escritor e historiador Leandro Karnal, com o colóquio De Prometeu a Frankenstein, no qual falará sobre ética, criação, felicidade e individualismo do mundo moderno. A curadoria do evento é de Ana Lúcia Pardo.