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O filme político do ano

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Vincent Lindon enfrenta a crise em "La Loi du Marché" Foto: Estadão

Saiu ontem, em Sevilha, na Espanha, a lista do European Film Awards, o Oscar lá do Velho Mundo, consagrando como favorito, com cinco indicações, Youth, de Paolo Sorrentino, mas dando lugar nobre também aquele que vem sendo chamado de "o" longa-metragem político de 2015: La Loi du Marche, de Stéphane Brizé. Seu protagonista, Vincent Lindon, foi indicado ao prêmio de melhor ator no EFA, por um mérito inquestionável e também pelo fato de ter conquistado a láurea de melhor atuação masculina no Festival de Cannes em maio. A consagração definitiva da produção veio com um artigo recente na Cahiers du Cinema que dá uma distinção a Brizé como sendo um herdeiro da tradição politizada de Costa-Gavras e Francesco Rosi. Na trama, Lindon é Thierry, chefe de família com uma ficha corrida de elogios como bom profissional mas que, ao chegar aos 50 anos, encontra-se desempregado. Para sair das dificuldades financeiras e garantir sustento à mulher e ao filho, portador de necessidades especiais, ele se submete a um emprego de baixa remuneração em um hipermercado. Lá, Thierry vai conhecer as diferentes formas de humilhação que a exclusão financeira pode produzir.

"É uma condição da Europa hoje: o medo da escassez financeira", disse Lindon ao P DE POP em Cannes.

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