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Novas brilhantinas para John Travolta em Cannes

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
"Gotti" pode dar a John Travolta - estrela de Cannes nesta quarta - uma indicação ao Oscar pelo papel do chefão John Gotti  Foto: Estadão

Rodrigo FonsecaOuvidos brasileiros vão sempre misturar o nome John Travolta à voz de Mario Jorge, gênio da dublagem que, desde os anos 1980, nos tempos da extinta Herbert Richers, emprestou seu gogó ao astro de 64 anos que, nesta quarta-feira, promete encantar a Croisette narrando suas histórias de vida. O dia é dele, na mostra Cannes Classics, pra falar dos 40 anos de Grease, ou Nos Tempos da Brilhantina, fenômeno musical de 1978, que o Telecine exibe atualmente SEM a dublagem de Mario. É culpa de um crime contra o patrimônio cultural brasileiro chamado de redublagem, que anda apagando as versões feitas por grandes atores nacionais do passado. O assunto não deve chegar à alçada de Travolta, mas valeria a pena ele saber. Porém, o interesse maior do astro é em divulgar Gotti, filme de gângster que pode dar a ele sua terceira indicação ao Oscar. Antes, ele concorreu por Embalos de Sábado à Noite (1977) - reprisado na Croisette no ano passado - e por Pulp Fiction (1994). Um detalhe sobre a trajetória de Travolta costuma ser esquecido: seu desempenho como cantor. Em 1976, ele ficou meses na lista dos discos mais vendidos com a canção Whenever I'm Away From You. Em 1997, gravou com Carly Simon a faixa Two Sleepy People no CD Film Noir.  

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Na competição pela Palma de Ouro, a terça foi abrilhantada por uma surpresa à francesa: o filme-piquete En Guerre, de Stéphane Brizé. O diretor retoma sua parceria com Vincent Lindon, o Antonio Fagundes da França (premiado aqui em 2015 por A Medida de um Homem), na trama sobre a luta de um sindicalista pelos direitos trabalhistas de uma fábrica ameaçada de ser vendida. O enredo é contado com uma pegada documental, com Lindon entre não atores, numa edição em tensão máxima até nos momentos de puro falatório.

 

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