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'Mormaço' e Neville elevarão a temperatura de Roterdã

 

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

"Mormaço", de Marina Meliande: mescla de terror e crônica social  Foto: Estadão

Rodrigo FonsecaBaforadas geopolíticas das contradições pós-olímpicas do Rio de Janeiro movimentam o esperado Mormaço, primeiro longa-metragem solo de Marina Meliande, que vai levar um toque do charme da cineasta carioca à seleção competitiva do Festival de Roterdã 2018, cuja edição 2018 vai de 24 de janeiro a 4 de fevereiro. Na trama, Ana (Marina Provenzzano) é uma advogada cujo prédio onde vive é assombrado pela especulação no mercado de imóveis, numa febre de remoções. Em meio a conflitos profissionais e ao desabrochar de um novo amor, ela tem de dividir sua paz com um elemento inesperado: uma moléstia misteriosa em seu organismo. Além desta mescla de crônica social e terror pilotada por Marina (codiretora do cult A Alegria), Roterdã acolhe ainda o (divertidíssimo) documentário Neville d'Almeida - Cronista da Beleza e do Caos, do crítico Mario Abbade, sobre as peripécias do realizador de A Dama do Lotação (1977). Os depoimentos de Neville são uma aula de transgressão.

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Até o fim da semana passada, havia oito filmes brasileiros e duas copoduções entre nós e outras pátrias de línguas estrangeiras na lista de atrações de Roterdã. Agora já são dez. Os títulos já confirmados, fora os de Marina e de Abbade, são: Azougue Nazaré, de Tiago Melo; Café com Canela, de Ary Rosa e Glenda Nicácio; As Boas Maneiras, de Marco Dutra e Juliana Rojas; Inferninho, de Guto Parente e Pedro Diógenes; Benzinho, de Gustavo Pizzi; Sol Alegria, de Tavinho Teixeira; e The Cannibal Club, de Guto Parente, incluindo numa ponte transnacional El Hombre Que Cuida, de Alejandro Andújar, que junta Porto Rico e República Dominicana; e Zama, da diva argentina Lucrecia Martel.

 

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